Mylena

Eu sou atleta de Karatê Shotokan. Vim aqui mostrar que a síndrome de Klippel Trenaunay me acompanha em todos os meus treinos e competições.

Lá no começo, quando eu conheci o karatê, jamais pensava em competições sérias, treinos pesados. Eu tinha medo que algum golpe prejudicasse a minha perna.

Por várias vezes, pais de outros atletas ou até mesmo técnicos e professores me perguntaram o que eram aquelas manchinhas na minha perna, ou porque eu tinha uma perna mais “inchada” do que a outra. Eu nunca tive problema para responder essas perguntas, sabe? Sempre me aceitei do jeitinho que eu sou, com manchas, com uma cirurgia no joelho e com uma perna maior do que a outra. Essa é a minha essência!

Ter KT não me impede de conseguir o que quero e nem me faz pior que ninguém. Muito pelo contrário, acho sim que sou merecedora, que eu posso fazer qualquer coisa dentro do karatê e fora também! Aliás, nós todos podemos.

Sempre fiz tudo o que eu tive vontade. Aprendi a tocar violão, guitarra e contrabaixo. Fiz aula de canto e cheguei na touca preta em natação, por três vezes.

Hoje, faço parte do projeto karatê São Paulo Olímpico. Participo de diversos campeonatos, de todos os tipos de treino e posso dizer que sou feliz no que faço! A KT nunca me impediu de praticar nada do que eu sonhei!

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