SOBRE A SÍNDROME DE KT

Uma descrição definitiva sobre a síndrome de Klippel Trenaunay (SKT) está longe de ser concluída. Isso porque existem poucos estudos científicos aprofundados sobre essa patologia. Este é um dos desafios do Instituto KT, incentivar a comunidade médica a se interessar pelo assunto.

A síndrome de KT é uma malformação vascular congênita rara que acomete em geral um dos membros, sendo mais comum os inferiores.

Foi descrita em 1900 pelos médicos franceses Maurice Klippel e Paul Trenaunay. O clássico conceito citado no século passado vem sendo complementado ao longo dos anos e mostra a diversidade e complexidade da síndrome.

Atualmente é definida como um combinado de malformações capilares, venosas, linfáticas, alteração do comprimento e volume do membro afetado, assim como os distúrbios hematológicos. Comunicações anormais entre artérias e veias também podem ocorrer, são as chamadas fístulas arteriovenosas. Os sintomas podem se apresentar em graus diferentes.

Diagnósticos

Os primeiros diagnósticos foram feitos através de exames clínicos. Atualmente, são utilizados exames diversificados para o diagnóstico da síndrome de KT, destacando-se a ultrassonografia com doppler, escanograma (radiografia para medir os ossos), ressonância magnética e exames de sangue especializados. O diagnóstico correto das alterações vasculares possibilita o tratamento adequado.

Sintomas e Complicações

As principais alterações encontradas ainda no nascimento, geralmente são:

  • Mancha vermelha na pele, chamada de mancha “vinho do porto”. É importante ressaltar que não se trata de hemangioma e sim de uma malformação capilar cutânea.
  •  Malformações vasculares que podem ocorrer com muitas variações, comprometendo diversos tipos de vasos ao mesmo tempo, veias superficiais e profundas, artérias e vasos linfáticos, comunicação entre as veias e artérias (fístulas arteriovenosas).  
  • Diferença no comprimento e volume do membro afetado, o membro pode ser maior ou menor.
  •  Alterações no sangue, distúrbios hematológicos que podem levar a formação de coágulos nas veias. 

As complicações podem incluir sangramentos, dor crônica, celulite, úlceras, trombose, embolia pulmonar, lesões articulares na coluna e no quadril. Também podemos citar a dificuldade para encontrar roupas e calçados, para aqueles que tem aumento do membro afetado pela síndrome.

Tratamentos

Não há cura conhecida para a síndrome de KT, mas os tratamentos amenizam os sintomas e proporcionam melhor qualidade de vida. Essa síndrome apresenta uma certa diversidade, desde casos com sintomas leves até aqueles com maiores complexidades. Uma triagem com médicos especialistas é essencial para avaliar os sintomas e definir as necessidades de cada caso. O acompanhamento deve iniciar o quanto antes para prevenir complicações e tratar as alterações possíveis. Os procedimentos devem ser realizados, preferencialmente, por médicos que tenham experiência no tratamento de malformações vasculares.

Lucas Moreira

Você pode ser Especial com E maiúsculo!

“Ter KT é como ter um filho, deve-se cuidar dele para que não se torne um problema maior para você no futuro. Algumas vezes, causa algumas dores de cabeça e em outros lugares também (rs). Mas assim como na maternidade/paternidade, ter KT traz muitas experiências de vida.

Aprende-se a lidar com situações difíceis cada vez com mais leveza e sabedoria. No entanto, assim como a criação de um filho algumas vezes foge à educação dada pelos pais e o filho tem as suas fases de rebeldia, assim também é a KT. Por mais que se tenha todo o acompanhamento, tratamento em dia, remédios no horário… algumas vezes, ela fica rebelde e traz algumas complicações do nada.

Mas isso nunca deve ser motivo para se desistir de um filho, pois no fundo ele ama os pais. A KT igualmente sempre será nossa parceira, coexistiremos até o fim, seja para nos causar dor, ou para nos aproximar de pessoas queridas e ensinar a viver.

Existem diversos modos de enxergar a dificuldade que nos é imposta. Você pode viver reclamando, sendo um alguém amargurado ou pode sorrir pra vida e aproveitar tudo o que for possível, dando alegria e esperança para os que estão ao seu lado. Você pode negligenciar a sua responsabilidade social e viver como se não existisse essa dificuldade ou pode encara-la, aprender com ela, ensinar através dela, ajudar os iguais a você.”

Lucas Moreira

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Aprende-se a lidar com situações difíceis cada vez com mais leveza e sabedoria. No entanto, assim como a criação de um filho algumas vezes foge à educação dada pelos pais e o filho tem as suas fases de rebeldia, assim também é a KT. Por mais que se tenha todo o acompanhamento, tratamento em dia, remédios no horário… algumas vezes, ela fica rebelde e traz algumas complicações do nada.

Mas isso nunca deve ser motivo para se desistir de um filho, pois no fundo ele ama os pais. A KT igualmente sempre será nossa parceira, coexistiremos até o fim, seja para nos causar dor, ou para nos aproximar de pessoas queridas e ensinar a viver.

Existem diversos modos de enxergar a dificuldade que nos é imposta. Você pode viver reclamando, sendo um alguém amargurado ou pode sorrir pra vida e aproveitar tudo o que for possível, dando alegria e esperança para os que estão ao seu lado. Você pode negligenciar a sua responsabilidade social e viver como se não existisse essa dificuldade ou pode encara-la, aprender com ela, ensinar através dela, ajudar os iguais a você.”